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O amanhã

  • Foto do escritor: Gabriel Gama
    Gabriel Gama
  • 8 de abr.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 9 de jun.

A gente espera o amanhã como se ele fosse chegar sempre. Eu digo este amanhã que não conhecemos.


Não o amanhã descolorido das horas, aquele do café às sete, do ponto às oito, da pausa às uma, do café às quatro, do ponto às sete, do sono às dez.


E se eu disser a você que esse amanhã que vos digo, fosse o que já é?

E se eu disser a você que esse amanhã, avesso da ampulheta, fosse o já preciso presente?

E se eu disser a você que esse amanhã é tudo o que já somos?


Te prometo, não haveria mais espera. E, sem espera, não haveria mais repetição. E, sem repetição, não haveria mais a desnovidade.


A desnovidade é que nos mata.


O amanhã é muito mais do que o calor das horas.


É entregar-se para o nada, é ser tudo que há e o que nos resta. Preciso presente onde o segundo é diferente.


E se eu disser a você que esse amanhã que vos digo é o do eterno agora?


O que você faria de sua vida?

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