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Forró: criando vida

  • Foto do escritor: Gabriel Gama
    Gabriel Gama
  • 8 de jun.
  • 1 min de leitura

O forró chegou como uma bruta flor em meu caminho. Aos poucos, foi me apresentando o singelo dos encontros, a gentileza possível por dentro dos corpos, a permissão de tocar e ser tocado.


Forró é escrever presenças entre corpos. É um modo de fazer revolução pelo amor. É encontro consigo, mas também é a possibilidade de ser um pouquinho de tantos outros.


É atravessar os silêncios vividos entre tempos e contratempos e as abundâncias vividas entre melodias e melodias. É aterrar o corpo num estado de pedra e emocionar em corpo num estado de flor.


Se trata de renovar olhares, de compor e colorir os tantos instantes que deixamos para trás.


Forró é laço, é toque, é macio, mas também é rasgo, é corte, é orgânico.


Compõe-se de dois corpos que, quando suspensos em presença, torna-se uma revolução a pontapés no tempo.


É escrever presença entre corpos, é um modo de fazer revolução pelo amor.


Forró é o encontro consigo, mas também é a possibilidade de ser um pouquinho de tantos outros.


Forró é isso: uma metonímia da vida.


Como escreve a brilhante artista Juliana Linhares na música “Balanceiro”, de seu magnífico álbum “Nordeste ficção”, no forró, tal como a vida, balançamos só por balançar, balançamos às vezes por querer, balançamos só pra me amostrar, balançamos pra sobreviver.

 
 
 

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