Sabedoria de caule
- Gabriel Gama
- 8 de jun.
- 1 min de leitura
A natureza comporta um certo grau de paciência sobre as coisas.
Serenamente vê, sente e age ao sabor das circunstâncias. Chove no tempo de chover, venta no tempo de ventar. Está sempre sob um olhar esperado à existência.
Vive à base do que chamamos de respeito. Respeito por ela mesma, por suas tantas manifestações da experiência de ser no mundo.
Umas naturezas mais áridas, outras um pouco mais abundantes, umas mais rigorosas, outras mais flexíveis, mas todas guardando uma especial faculdade de esperar.
Pacientemente.

A humanidade é uma extensão da natureza (ou ao menos está a ser).
Somos também tantas e tantas variações em espécie nos mais distintos espaços do planeta, só que nos falta esta faculdade do esperar.
Assomamos sempre em desespero e ansiedade quando vivemos o inesperado.
A natureza sabe viver o inesperado.
Ela permanece calma diante dos tantos débeis agravos que impomos a ela com as nossas vaidades e ambições.
Será que estamos mesmo a aprender com a natureza e toda a sua plenitude muda? Estamos sendo capazes de nos reinventarmos para renascermos maiores?
Há de nos permanecermos serenamente ativos tal como a natureza em toda a sua resiliência.
A renovação só é possível quando encontramos as nossas reservas interiores e apoderamos de nossas fortalezas, mas com uma sustentável medida de paciência e respeito.




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