Salvador
- Gabriel Gama
- 8 de jun.
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Na baía da Bahia. Escorrido de sol, sal e areia. Em sua borda, tomei-me de um insustentável desejo de parar o tempo.
Ainda que por umas horas, foi como se vivesse em mar. Em completa disritmia. Mar é viver o acriançado no despensado da vida.
Aos poucos, naquele princípio de tarde de sábado, assomei em escalas de sentimento.

Costumo insistir na ideia de que a felicidade compõe-se de episódicos atos de atenção e presença. É preciso um certo trabalho de regar o tempo para estar feliz.
Felicidade é um laborioso trabalho meditativo para viver a ação. E como é desafiador viver a ação.
Estar feliz requer algum esforço, com certeza, requer algum esforço. mesmo que seja leve, mas requer um esforço.
Não há como estar feliz ancorado no passado ou ansiado pelo futuro.
Viver a felicidade nesta contemporaneidade de espetáculos é como um ato revolucionário. Implica em uma certa ousadia para renunciar energias negativas.
Tudo é. Todos somos uma experiência pairando neste universo cósmico de harmonias e disritmias.
Deparar-se com a beleza de viver o milagre da impermanência, de viver esta fábrica complexa e fantástica.
Felicidade é uma espécie de pacto assinado com a vida. Um ato consciente, comprometido e pleno de viver a presença, de viver a experiência do aqui e agora.




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