Ser tão mar
- Gabriel Gama
- 8 de jun.
- 1 min de leitura
Se um dia tudo parecer maior e seu corpo à deriva fugir, lembre-se do horizonte, das ondas, das pedras, do outrora, do aqui, do porvir.
A cada segundo, morre-se e nasce-se. Nunca se é o mesmo de instantes atrás e é assim que a mudança se tece.
Nas árvores que trocam folhas, nos mares que renovam ondas, nas areias que movem desertos, nas chamas que aquecem corpos.

Veja só o mar. Um acriançado no despensado da vida. Completa disritmia. Sendo nunca sendo o mesmo.
Que o amor à vida seja mar, intrépido enquanto dure, mas que o amor à vida seja sol. Eterno que não cessa.
A gente pega o gosto por viver quando desmareia o sertão.
Esse sertão-mar. Esse ser tão mar que existe dentro de nós.




Comentários