Vidas molhadas
- Gabriel Gama
- 8 de jun.
- 1 min de leitura
A quem pense que, no sertão, a vida compõe-se de desesperanças.
De vidas secas, de histórias imprecisas e sofridas. Mas, no sertão, o que se vê são histórias crescidas e muito maduras. De vidas nascidas do árido e muito inundadas.
Uma gente que se entrega de corpo e de alma aos brejos e às veredas. O sertão todo cabem-lhe adentro.
Terra de guerreiras e guerreiros transbordados, que desafiam os desafios, transformam dor em doçura e guardam em si a faculdade da resiliência.

O sertão é todo inundado. Está sempre a molhar com suas histórias enormes nascidas de tantos e tantos começos, brotadas da economia dos solos e florescidas em janelas azuis.
O sertão também é todo inundado de histórias, de lutas, de desafios, mas também de força, de fé, de amor.
O sertão não é o fim do mundo. Muito menos vazio.
O sertão é lugar de gente pronta. Aprendida. Sabedora, sim.
De tantas almas nascidas de esperança e dispostas a continuarem. A continuarem sempre.
Lá, a luta acontece é no miúdo das coisas, no empenho de vencer e de zelar pelo futuro dos que ainda virão.




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